Mamoplastia de aumento (Cirurgia de Prótese de mama)
O aumento das mamas consiste normalmente na inserção de um implante de silicone abaixo da glândula mamária, abaixo da fascia ou do músculo peitoral maior , tendo em vista o aumento ou melhora do formato da mama.
Incisões:
Há três tipos convencionais de incisões por onde podem ser inseridas as próteses: Incisão periareolar, Incisão inframamária e axilar.
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Na Incisão periareolar a cicatriz fica no contorno inferior da areola.
Na Incisão axilar a incisão fica na axila. A colocação da prótese é mais difícil, exigindo o uso de endoscopia para melhor visualização das estruturas. Ocorre aumento do risco de hemorragias e de posicionamento assimétrico das próteses, além da possibilidade de infecções, por ser a axila uma região potencialmente contaminada. Se precisar retirar a prótese, por algum motivo, a mesma será retirada por outra incisão, ficando a paciente com duas incisões.
Na Incisão inframamária a cicatriz fica no sulco abaixo das mamas.
A melhor via de incisão é discutida entre o cirurgião e a paciente, para que assim, possam resolver e ter o melhor resultado para cada caso.
Independente da incisão escolhida a percepção ou não da cicatriz depende de vários fatores como cicatrização da paciente, propensão a formação de queloide ou não, alargamento da cicatriz ou não, entre outros.
Implantes Mamários:
Conteúdo dos implantes mamários: Atualmente são utilizados dois tipos de "recheio" para os implantes: gel de silicone e solução salina.
Gel de silicone: É o material mais usado mundialmente (exceto nos Estados Unidos). Sua consistência é muito semelhante à da glândula mamária e permite um formato final mais natural e duradouro do que a solução salina.Esse gel,ultimamente, é um gel coesivo que pode ser observado na foto abaixo.É o Mais usado no Brasil.
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Solução salina: A solução salina (ou soro fisiológico) é usada para o preenchimento de implantes infláveis: Eles são introduzidos dobrados sobre si mesmos. Depois são progressivamente enchidos com soro através de um conector, até atingirem o volume final desejado, já dentro da mama.
Esse preenchimento é muito utilizado nos Estados Unidos, eles apresentam um aspecto final muito arredondado e artificial e há a possibilidade de deflação (vazamento progressivo com consequente assimetria).
A cobertura dos implantes mamários:
A camada externa que envolve o conteúdo do implante pode ser de 3 tipos:
a) Lisa: Camada simples de silicone sólido, muito fina, flexível, e sem irregularidades perceptíveis à
palpação.
Texturizada: A camada de silicone sólido apresenta irregularidades que lhe conferem uma textura
rugosa à palpação.
Revestida com Poliuretano: Sobre uma camada lisa é acrescentada uma lâmina de espuma de poliuretano , que também confere ao implante uma textura rugosa à palpação.
Como é feita a escolha da cobertura dos implantes?
1) Superfície lisa ou rugosa? Nos primeiros meses após a cirurgia, o organismo construirá um envelope ou cápsula de tecido fibroso envolvendo o implante, com a finalidade de isolá-lo. Esta cápsula, por si só, não provoca nenhum problema ou deformidade, pois trata-se de uma reação natural do corpo.
Sem uma causa ainda bem definida, a cápsula pode sofrer um processo de contração, encolhendo e apertando o implante. Esta "contratura capsular" poderá sim acarretar deformidades estéticas e desconforto para a paciente.
Os implantes de cobertura lisa estão mais sujeitos a estas deformidades porque sua cápsula, ao formar-se sobre uma superfície totalmente homogênea, apresenta linhas de força paralelas, que favorecem uma contração uniforme e global sobre o implante.
Os implantes de cobertura rugosa (texturizada ou poliuretano), por outro lado, apresentam menor risco de contratura capsular porque a cápsula formada apresenta linhas de força totalmete heterogêneas.
O formato dos implantes mamários:
O perfil dos implantes poderá variar dependendo das características da mama a ser operada e do tipo de resultado que se deseja atingir. Existe 4 tipos de perfil: baixo, natural, alto e super-alto.
Perfil alto: Visto de lado, apresenta uma projeção (elevação) bem definida e uniforme.
Sua colocação melhora principalmente a projeção da parte mais alta da mama (pólo superior).
É o tipo de implante mais utilizado em nossa clinica, e está indicado em pacientes com expectativa de modificação do formato mamário na região do "colo".
Perfil baixo: Visto de lado, existe um predomínio da base sobre a altura do implante
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Sua colocação projeta a mama como um todo, mantendo basicamente sua forma inicial. Está indicado em pacientes que desejam um aumento de volume sem alteração do formato mamário.
Perfil anatômico ("natural", "gota", etc.): Caracteriza-se por não ser um implante simétrico, exigindo maiores cuidados durante sua colocação.
Visto de lado, exibe um predomínio da projeção da parte mais baixa (pólo inferior) contrastando com a parte superior, praticamente plana. Sua colocação melhora basicamente a projeção da parte mais baixa da mama (pólo inferior), sem modificar muito o pólo superior.
Este formato é considerado o mais próximo da anatomia normal, daí o nome..
Está indicado em pacientes com hipomastia acentuada (sem perfil mamário definido) e que desejam um formato final mais natural, ou em pacientes onde existe uma "atrofia" marcante da parte mais baixa da mama.
Tamanho da Prótese:
O tamanho da prótese será decidido junto com o cirurgião nas consultas a serem realizadas.
O procedimento
A cirurgia de mamoplastia de aumento leva cerca de 2 a 3 horas. Como todo procedimento cirúrgico, deve ser realizado em centro cirúrgico, em ambiente hospitalar, sob supervisão do anestesista. Podem ser colocados drenos que são geralmente retirados no primeiro dia. O paciente recebe alta da clinica/Hospital no dia seguinte ao da cirurgia.
O Pós-Operatório
No período pós-operatório é comum algum grau de dor, normalmente bem controlável por analgésicos. Edema é comum nos primeiros dias. Os drenos, quando utilizados, são retirados normalmente no primeiro dia de pós-operatório (avalia-se caso a caso).
Cuidados após a cirurgia
Nos primeiros dez dias após a cirurgia o paciente deve dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), evitando compressão das mamas. O sutiã cirúrgico deve ser utilizado por um mês após o procedimento. O paciente deve andar após acordar da cirurgia e pode tomar banho normalmente, evitar banhos muito quentes.
Na primeira semana serão evitados esforços ou grandes movimentações com os membros superiores (braços). Pode-se voltar ao trabalho após 1 semana. Pode-se voltar a dirigir após 2 semanas. No primeiro mês a atividade física ideal é a caminhada, evitando-se esforços maiores com os membros superiores.
Qualquer exposição ao sol deve ser completamente evitada até a resolução das equimoses (roxos) e após esse período, sempre com protetor solar.
Essas orientações representam uma visão geral e poderão mudar dependendo do caso. Todas as dúvidas devem ser completamente esclarecidas nas consultas que antecedem a cirurgia.
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